Isabella Garm | 18 Agosto 2023
São conhecidas como a imagem da morte. É um poderoso símbolo, que também nos lembra da transitoriedade da vida. No entanto, a gadanha por sua vez, é uma ferramenta que serve para cortar ao nível do solo.
É considerada uma imagem bipolar, que representa a morte e a colheita, relacionada com o tempo e o espaço. Na arte medieval, a gadanha e a caveira eram combinadas e utilizadas como representação da morte. Esta imagem, ainda atual, alude à finitude da vida.
Por outro lado, a foice e a gadanha, são similares na forma curva da lâmina, que tem apenas uma ponta. Esta forma lembra a lua na sua primeira fase, assim a gadanha está ligada ao feminino e ao fecundo. Para os povos agricultores isto representa a morte e a esperança do renascimento, perante a renovação da colheita. Representando a dualidade do fim, como princípio.
Deste modo, a gadanha tem um papel importante na mitologia grega e romana. É o emblema com o qual o grego Cronos é representado e o Saturno romano. Cronos, como deus do tempo, representa os momentos de mudança dramática na vida. Quanto a Saturno, rege a agricultura e tudo o que é trabalhado na terra.
Como resultado da Guerra dos anos 30, tornou-se num importante significado político, tornando-se o símbolo do movimento camponês.
Como personalizar a sua própria tatuagem de gadanha?
Como mencionamos, a gadanha, nas suas diferentes formas, simboliza a transitoriedade da vida. O princípio e o fim dos ciclos. Os desenhos mais frequentes, centram-se na icónica Santa Morte. Neles, podemos ver a imagem da caveira com um capuz preto e a gadanha, em diversos tamanhos.
Estas peças, podem ter diferentes níveis de complexidade na sua composição. É uma arte que procura expressar o sentir até à finitude da vida, daí que, alguns artistas acrescentem outros elementos ao desenho, relacionados com o tempo, como uma ampulheta ou relógio de bolso. As rosas também são acompanhantes habituais. Também pode ser feita sozinha, permitindo mais detalhes na lâmina e no cabo.
Estas tatuagens costumam ser vistas no estilo preto e branco, por vezes em pontilhismo. Quando se incorporam detalhes de cor, como as rosas, não se utilizam tons brilhantes, pois o conceito funciona melhor se mantiver a intensidade dos seus componentes.
A variedade de desenhos vê-se enriquecida nos detalhes, ou nas formas que constituem a estética das caveiras. Por isso, é uma peça forte, com um grande potencial de ser personalizada.
Tudo tem de morrer, para que algo novo possa nascer.
